A Plague Tale: Requiem vale a pena?
Em 2019, a Asobo Studios trazia a vida a franquia A Plague Tale e, junto com ela, os protagonistas Hugo e Amicia. Embora o jogo não fosse perfeito, A Plague Tale: Innocence foi o início de uma aventura diferenciada, onde os inimigos não eram apenas os humanos, mas também os ratos. Agora, 3 anos depois, temos o retorno da saga de Amicia e Hugo com A Plague Tale: Requiem, a sequência que se passa pouco tempo depois do final do primeiro jogo.
Mas afinal, estamos diante de uma evolução, de um jogo vale a pena? Saiba tudo neste review de A Plague Tale Requiem, que chegará ao PS5, Xbox Series X/S, PC e Game Pass nesta terça-feira, dia 18 de outubro.
A Praga está controlada em A Plague Tale: Requiem
Após os eventos de Innocence, Amicia e Hugo, além de sua mãe e Lucas, buscam uma vida tranquila no sul da França, em Provença, longe das guerras e doenças. Contudo, alguns eventos estranhos mostram que a paz não será eterna e, como consequência, a maldição no sangue de Hugo, a Prima Macula, torna a despertar. Quanto mais ela se aprofunda, mais perto ele chega da morte. Assim, a única solução será procurar por uma ilha misteriosa no meio do Mar Mediterrâneo que, aparentemente, está chamando por ele.
Então, presos ao que ocorreu no passado e com receio do futuro, eles enfrentam a Praga mais uma vez. Seus inimigos ainda são os ratos, os humanos, os resquícios da Guerra e a incerteza do como agir diante de todas as situações. Porém, A Plague Tale Requiem pega emprestado elementos de muitos jogos para criar um universo que, desta vez, é muito rico.
Então, se você curtiu a história do primeiro jogo, este segundo será um deleite.
Uma das melhores narrativas dos últimos anos
Durante a jornada, os personagens serão mais uma vez perseguidos pela Inquisição, além das hordas de ratos que aparecem em locais escuros. E, dentro de todo este contexto, Amicia e Hugo irão, mais uma vez, se deparar com situações absurdas – mas tudo muito bem amarrado. A Plague Tale: Requiem tem por volta de 18h de duração e não tem nenhum momento onde você se cansa da história. Muito pelo contrário, a narrativa é tão intensa e cheia de momentos emocionantes ou de ação, que você sempre quer mais.
Não há nada de muito diferente que o Asobo Studios tenha feito no game em termos narrativos. Contudo, a história é muito bem escrita, traz a sensação de que tudo está perdido, tem diálogos sensacionais e sequências de ação ao melhor estilo Uncharted. Inclusive, ouso dizer que o time do estúdio tem fortes inspirações na Naughty Dog. A maneira que A Plague Tale: Requiem apresenta os personagens a sua volta e os insere na narrativa é muito semelhante ao que o estúdio norte-americano faz. Portanto, espere por ação e muita emoção.
A Plague Tale: Requiem traz um salto tecnológico
Ainda que o primeiro A Plague Tale seja muito bonito, não era perfeito e tinha alguns erros visuais. Além disso, ele também errava muito no ritmo do gameplay e da história, na minha opinião – vocês podem ver a review através deste link. Requiem, por sua vez, faz tudo muito certo, com apenas alguns deslizes nesta parte técnica e visual. A começar pelos gráficos – que são realmente incríveis – os cenários do jogo estão absurdamente belos, no nível de jogos como Uncharted e Tomb Raider, com muitas construções e locais que merecem destaques.
É impressionante como o Asobo Studios evoluiu neste aspecto. De fato, a atmosfera do jogo e a direção artística merecem todos os elogios possíveis. Porém, a única coisa que incomoda é a transição das imagens. Quando estamos nas cutscenes, por exemplo, Amicia e os demais personagens possuem ótimas expressões faciais, ainda que não sejam perfeitas. No entanto, ao mudar para o jogo novamente, sempre há algum tipo de movimentação estranha nos mesmos. Obviamente, talvez seja algo possível de se ajustar com patch.
Além disso, a trilha sonora é maravilhosa, do início ao fim. Por diversas vezes a música dava um peso enorme para as cenas. Ouso dizer que é uma trilha sonora inesquecível.
O gameplay desliza, mas se segura
A Plague Tale: Innocence pecava muito no quesito gameplay. As mecânicas funcionavam, mas eram frustrantes e travadas. Felizmente, Requiem melhora em praticamente tudo neste aspecto, e explora novas possibilidades. Mesmo assim, ainda há muitos pontos a melhorar.
Amícia continua usando sua atiradeira e o sistema de mira não há do que reclamar. Mas quando os inimigos atacam, Amícia fica parada, e não tem um meio de esquivar. Além disso, ela não possui uma barra de vida, sendo a imagem seu guia sobre a saúde dela – mas geralmente, com dois ataques seguidos ela morrerá.
Assim, esse sistema deixa o gameplay travado em alguns momentos. Apesar disso, temos novas formas de jogar, onde todos os personagens que acompanham a sua jornada possuem mecânicas diferentes para lhe ajudar.
Achei muito importante por parte do estúdio entregar tantas ideias diferentes no segundo game. Desta forma, embora não seja um gameplay excelente no combate, A Plague Tale: Requiem é, sem dúvidas, extremamente melhor que o primeiro.
O peso da história vai te acompanhar por meses
Eu finalizei o jogo pouco antes de escrever esse review e confesso que estou perplexo até agora. A experiência deste jogo é algo a ser discutido, seja nas cenas de ação, diálogos e até seu final. Ainda que a gente já pudesse imaginar que a Asobo Studios iria aumentar o peso narrativo desta sequência, não dava para esperar o que fizeram aqui. Afinal, A Plague Tale: Requiem não somente é importante para continuar a história de Innocence, mas também para o futuro da marca como uma saga bem construída.
De fato, fico muito feliz de ver isso ocorrendo com um estúdio que começou pequeno e muito ambicioso. Facilmente podemos colocar A Plague Tale: Requiem como um dos jogos mais importantes em termos narrativos dos últimos anos. E falo sério! Talvez você não esteja preparado para o que este jogo quer te mostrar – e principalmente, o que Requiem quer que você faça.
Conclusão
Mesmo com alguns problemas pontuais, A Plague Tale: Requiem é GIGANTE! É o salto que todo estúdio busca e a certeza de que o futuro será muito grande. É uma pena que a maioria das coisas que o tornam gigante sejam relacionados a história e a narrativa e, portanto, não posso comentar. Mas saiba que você não está diante apenas de um novo game: você está diante de uma excelente experiência, absurdamente emocionante e capaz de te derrubar em diversos aspectos. A maneira que Requiem trata a ansiedade de Amícia e a esperança de Hugo é especial demais.
É realmente inesperado o tamanho que essa franquia ficou e a maneira que a história desse jogo é contada sem nunca perder o interesse. Fato é: A Plague Tale: Requiem é o retrato da Asobo Studios, assim como Amícia e Hugo também são. Perseverança, fé e muito empenho. Um jogo imperdível.
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