Horizon Forbidden West é o novo game da Guerrilla Games que sucede Zero Dawn, lançado em 2017. Naquela ocasião, pudemos conhecer Aloy, uma garota exilada que buscava entender a própria existência e se encaixar dentro de um mundo selvagem e hostil. Com o passar dos anos, a garota adquiriu uma coragem inigualável e uma força absurda, tornando-se uma guerreira notável. Isso deu a ela a confiança necessária para desvendar mistérios que estavam muito além de sua compreensão.
Com esse conceito entregue, uma continuação daquela história seria necessária, mesmo porque, sabemos que em ZD a Guerrilla deixa um gancho para uma nova narrativa. E aí entra Horizon Forbidden West, o qual está entre os jogos mais aguardados do ano.
Horizon Forbidden West consegue agradar no visual?
Acho que um dos principais pontos a serem citados é justamente o visual do game. Sabemos que HFW é um dos jogos que entrega versões para PS4 e PS5, portanto saber como está a performance dessa obra é crucial. Vale destacar que hoje, no Combo Infinito, terá um vídeo comparativo das duas versões que está imperdível. Também devo dizer que analisei o game por completo no Playstation 5.
Dito isso, HFW tem um visual estonteante em grande parte do game. Claro que questões levantadas de que poderia ser melhor são válidas, entretanto não dá pra tirar o mérito de que aqui há um trabalho muito bem feito. Os modelos de personagens e PRINCIPALMENTE das máquinas estão incríveis. O ambiente é de altíssima qualidade, no qual pode ser comparado a cartões postais, caso o mundo hoje estivesse vivendo um pós apocalipse. Locais que conhecemos, sendo representados de uma maneira jamais vista, mas que torna-se algo muito interessante de imaginar. Entretanto ainda há espaço para melhorias, como melhor definição de texturas, animações mais polidas, e algumas quebras de polígonos.
Trilha Sonora agrada?
Muitos dizem que a trilha sonora perfeita é aquela que não é ouvida, mas sim sentida. Pois bem, em HFW existe um pouco dessa ideia. Músicas épicas que ecoam durante sua jogatina e que aceleram num momento crucial de batalha. Os efeitos sonoros também estão ali cumprindo seu papel importante, principalmente quando o assunto é escutar quando uma máquina está ativa pra batalha, ou quando está tranquila.
Importante ressaltar que a dublagem do game está excelente. Assim como em Zero Dawn, as vozes de PT-BR estão com um padrão altíssimo, principalmente com as novas personagens e seus dubladores – Alô Cassiano!
Quais foram as grandes novidades em relação ao jogo anterior?
Também uma das principais curiosidades da galera. Certamente um dos motivos foi as demonstrações das novas gadgets de Aloy. Anteriormente a garota utilizava sua lança especial e armas que continham movimentos interessantes. Em Horizon Forbidden West elas continuam lá, porém adicionaram o gancho, o planador, o depósito, novas armas e diferentes meios de abordar um inimigo máquina ou humano. O gancho traz uma verticalização do combate e da exploração; já o planador consegue te propor alcances maiores e fugas de montanhas mais rápidas e seguras; o depósito, por sua vez, armazena itens que você poderá ter acesso em locais variados, assim, caso o número de itens exceda ao sei inventário, ele vai pro depósito automaticamente.
Também há a exploração aquática. Aloy agora adquire um equipamento especial para nadar livremente e conhecer o mundo debaixo d’água. Máquinas e perigos mortais te esperam quando está submersa, entretanto tesouros e itens valiosos valem o esforço.
Enfim, esses novos itens te trazem maneiras diferentes de explorar e combater, algo necessário pra evoluir o que foi feito em Zero Dawn.
Horizon Forbidden West e suas mecânicas de RPG
Um dos pontos de mais acerto no jogo anterior ganha novas roupagens e evolui. Os upgrades estão disponíveis em maior escala, ou seja, você pode evoluir todas as armas, trajes e bolsas, mas o preço pra isso acontecer é bem mais alto. As peças pra deixar uma arma muito poderosa, a cada nível, se tornam mais raras e difíceis de conseguir. Certos equipamentos exigem um determinado item de um animal que só se encontra em uma parte do cenário. Ainda assim, pode ser que o bicho em questão não te ofereça o item, uma vez que há essa aleatoriedade no drop.
A Árvore de habilidades está muito maior e com várias opções pra desenvolver seu personagem de acordo com seu estilo de jogo. Se você gosta mais de partir pro Melee, tem lá a árvore de Guerreira; Caso queira jogar mais no Stealth, tem a de Sabotadora. Enfim, no total são 6 árvores sendo elas: Guerreira, Emboscada, Caçadora, Sobrevivente, Sabotadora e Maquinista. Dentro de cada uma dessas árvores há um poder especial para Aloy e outro para sua arma. Esses poderes estão diretamente ligados a árvore e correspondem também o estilo de jogo, portanto o jogador ficará confortável pra construir suas habilidades.
E o Combate?
Um dos elementos que eu mais estava curioso pra experimentar era o combate de HFW. Foram adicionados movimentos para o melee, novas armas, novos elementais de munição e máquinas ainda mais agressivas que farão você utilizar força total. Contudo ainda há uma familiaridade muito grande em relação ao Zero Dawn. Isso não é algo necessariamente ruim, principalmente se você é uma pessoa que gosta de atacar a distância. A mecânica do combate também permanece, ou seja, você analisa uma máquina, identifica pontos fracos e começa a desenvolver sua estratégia. O que difere é que agora você tem mais recursos para abordagens distintas, trazendo um maior dinamismo pras batalhas.
Acredito que havia espaço pra uma evolução ainda maior na lança. Você pode adquirir movimentos novos e também ativar o ressonador. Esse é uma espécie de ativação que você energiza seu inimigo e ao atacar no ponto específico, você dará um dano devastador. Mas ainda assim, acredito que a eficiência do combate a distância é incomparável.
A Narrativa de Horizon Forbidden West segue a qualidade de seu predecessor?
Horizon Zero Dawn trouxe uma história imprevisível. Todos aqueles acontecimentos convergiram pra um ponto que era difícil adivinhar. E parecia que o grande segredo já havia sido contado e que HFW seguiria a mesma linha de raciocínio só adicionando novos desafios. Mas não! Basicamente, Aloy vem de batalhas duras contra Hades, Hefesto e companhia, mas mal sabia ela que as coisas chegariam a um ponto tão caótico.
Após toda essa confusão, a garota percebe que há uma peste tomando conta dos campos matando tudo o que encontra. A busca dela pra descobrir e impedir isso parece algo, até o jogo mudar tudo. A Guerrilla Games conseguiu pegar tudo aquilo que vimos acontecer em Zero Dawn e virar de ponta cabeça. Tudo o que revelaram, tudo o que ensinaram, te farão pensar duas vezes na hora de tentar adivinhar o que está por vir. É uma obra de ficção científica que tem ideias que são meio malucas, mas não deixam de ser interessantes.
E pra mim é o elemento que mais brilha nesse jogo. Tudo está em escala maior, sejam as máquinas, inimigos humanos, tribos aliadas e inimigas e, principalmente segredos escondidos. Vale destacar que o jogo propõe muitos diálogos em diferentes momentos da história com seus aliados. Isso faz com que você conheça melhor o personagem e agregue ao carisma que fará muita diferença na sua trajetória. Lembrando que muitos desses diálogos são opcionais. Assim sendo, você pode se interessar muito por um ponto específico que ele tem a dizer, ou apenas deixar pra lá e seguir seu caminho.
Mas nem tudo são flores metálicas
O jogo conta com bugs que incomodam em diferentes graus. Eu tive dois problemas de ficar com a personagem presa no cenário e ter que reiniciar o jogo. Uma missão não pode ser completada pois faltava um inimigo a ser eliminado, mas não havia mais nenhum na base inimiga. Telas pretas piscavam em boa parte do jogo. Em um local específico o FPS caiu bruscamente, o que ficou quase impossível de jogar, tive também que reiniciar. Enfim, esses foram bugs que aconteceram depois de uma atualização que teve corrigindo pontos importantes. Mas devo dizer que nada disso tirou o brilho de 46 horas que levei pra finalizar esse game.
Concluindo
Horizon Forbidden West é um jogo com um visual muito bonito. Biomas, cenários coloridos, florestas, desertos, caldeirões de máquina, tudo com uma direção de arte de alto nível. Conseguiu evoluir a maneira de se jogar que o Zero Dawn propôs. Trouxe máquinas novas e extremamente desafiadoras. Boss Fights mais interessantes e legais de fazer. Um mundo aberto com mais recompensas e relevante. Uma nova narrativa que coloca Aloy em uma escala muito maior e mais bizarra (no bom sentido). Melhorou e corrigiu coisas do primeiro jogo, como o próprio combate corpo a corpo – apesar que ressalto novamente, há espaço pra melhorar ainda mais. Recomendo fortemente!
Confira a nossa análise em vídeo logo abaixo feita para o nosso canal no Youtube:
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