quarta-feira, 10 de novembro de 2021

Call of Duty: Vanguard capricha em seu modo campanha, mas desliza no segmento online | Análise

Os últimos suspiros da Segunda Guerra Mundial contados de uma forma impecável

A romantização da Segunda Guerra Mundial sempre esteve presente nos shooters de primeira pessoa onde franquias como Battlefield, Medal of Honor e o próprio Call of Duty se tornaram conhecidas. Contudo, dar profundidade e sentimento a um dos eventos mais trágicos da humanidade, foram poucos tiveram o êxito de alcançar. Em 2018, a DICE trouxe eventos específicos durante a Segunda Guerra Mundial, com as “Histórias de Guerra” que renderam um grande impacto e profundidade a personagens importantes dentro da Segunda Guerra Mundial.

Dito isso, após quatro anos desde Call of Duty WW II (2017), a Sledgehammer retorna para o CoD deste ano sob o subtítulo Vanguard para PS5/PS4, Xbox Series/One e PC em 5 de novembro. E para surpresa de muitos, o estúdio regressa à Segunda Guerra Mundial, assim como em 2017. Contudo, o que presenciamos, nesta feita, é uma evolução tanto artística como em narrativa. Assim, presenciamos é uma aula de se contar uma história sobre a Segunda Guerra Mundial de forma profunda e impactante para com seus protagonistas.

Call of Duty

Call of Duty: Vanguard – Requisitos para PC

Inicialmente, devo dizer que Call of Duty Vanguard é o título da franquia que possui as maiores animações num modo campanha. Não que isso seja ruim, pelo contrário, a transição da gameplay para as cinemáticas nos prende de uma forma que nenhum game ambientado neste cenário conseguiu fazer até hoje. Sobretudo, isso evidencia o quanto a Sledgehammer se dedicou e evoluiu em trazer uma história profunda e impactante para os jogadores.

“Call of Duty Vanguard é uma incrível aula de história dos últimos suspiros da Segunda Guerra Mundial.”

Pois bem, em Vanguard você irá assumir o controle de um esquadrão formado por seis especialistas, de países diferentes, em uma missão confidencial que pôs um fim no domínio Alemão. Assim, o que eu posso garantir é que, sem dúvidas, este é um dos melhores modo campanha da franquia. Não por seu nível de ação, mas pelo quão bem contado foi cada ato e cada história dos especialistas. Assim, dando a devida importância e respeitando sua história, bem como tendo a liberdade poética de inserir tais eventos dentro do universo de Call of Duty.

Basicamente, a Sledgehammer decidiu contar sua história entre eventos no presente, nos minutos finais do domínio alemão na Segunda Guerra e dar aos seus especialistas uma digna história de origem nos eventos iniciais da guerra. Assim, essa volta no tempo é a cartada perfeita para dar a estes grandes nomes tempo suficiente para nos conquistar. Arthur é um líder nato; Lucas, o brincalhão; Wade, o nada confiável e Polina Petrova é a “Dama da Morte” e fechando,  assim, o time da Vanguarda. Por fim, todo esse teatro da guerra é acompanhado por uma trilha sonora incrível sob os cuidados do compositor Bear McCreary, responsável pela trilha sonora de God of War (2018).

“o CoD deste ano trouxe boas ideias, sobretudo, uma evolução da Sledgehammer como estúdio.”

 

Quando levamos tudo isso para a ação, Vanguard adiciona algumas mecânicas, porém se descuida em herdar outras como por exemplo, a IA. Assim, essa maldição dentro da franquia retorna em Vanguard onde inimigos em certas ocasiões não atiram, bem como os companions não tem serventia nenhuma durante a jogatina. Em suma, embora com os recorrentes problemas de IA, Call of Duty Vanguard é uma incrível aula de história dos últimos suspiros da Segunda Guerra Mundial.

A Segunda Guerra sob os olhares da atual geração de consoles

Além de uma história impecável, Vanguard é detentor de belos visuais, tornando a 2 Guerra Mundial linda aos olhos, mas também devastadoramente trucidante. Assim, espere por momentos de pura contemplação visual juntamente com momentos violentos e impactantes.

Assim, todo este palco que mistura beleza e horror vem sob o efeito da nova geração de consoles e das novas placas de vídeos da AMD e Nvidia. Embora optando por não dar suporte ao ray tracing em nenhuma das plataformas, a Activision depositou todos seus esforços em oferecer ótimas resoluções e desempenho graças ao suporte ao DLSS, da Nvidia, e o Fidelity FX SR, da AMD, que também alcançou os atuais consoles (PS5 e Xbox Series). Enquanto no PS5, onde joguei para fazer esta análise, temos a ação do FSR focado no contraste onde quando ativado as texturas se tornam ainda mais detalhadas.

Em adição, para maximizar este desempenho há uma opção para você aumentar o espaço no disco rígido do seu PS5 para que mais dados de texturas em alta qualidade sejam enviadas para o game pela nuvem. Dito isso, fica a seu critério o quanto de capacidade seja enviado em tempo tela para o game. 

Sem sombras de dúvidas, o trabalho feito pela Sledgehammer em proporcionar resoluções e desempenho de altíssima qualidade foi bem feito. Porém, isso não se tornou uma dádiva exclusiva dos donos de PC, pois donos de PS5 e Xbox Series também puderam usufruir de belos gráficos e de um estável framerate. Lembrando que Call of Duty: Vanguard é o primeiro título que faz jus do FSR nos consoles da atual geração.

Um multiplayer promissor, mas com decisões controvérsias

O multiplayer de Call of Duty Vanguard é o modo que mais trouxe conteúdos em um lançamento desde MW3, em 2011. Ao todo foram um total de 16 mapas, inúmeros armas e uma primeira temporada prevista para o dia 2 de dezembro. Pois bem, com o que temos até então do modo, o multiplayer de Vanguard traz partidas frenéticas e rápidas em mapas de larga escala se desprendendo do tradicional 6v6. Dito isso, para balancear esta nova didática dentro do multiplayer de CoD, a Sledgehammer trouxe opções dentro do matchmaking que oferecem ao jogador um cenário perfeito conforme sua preferência. Assim, temos o modo tático (partidas com o tradicional 6v6), assalto (oferece um ritmo de combate balanceado que dá a você espaço para respirar e muitos alvos para eliminar em mapas 12v12), e o Blitz (um lobby eletrizante, com a intensidade elevada a níveis frenéticos com mapa até 48 players).

Embora com tantas novidades, as escolhas feitas pela a Sledgehammer, no que tange a gunplay, tornaram, até este presente momento, as partidas desbalanceadas e um retrocesso para o modo multiplayer. Primeiramente temos as criações de perks que beneficiam o jogador causal, bem como facilita ainda mais o jogador hardcore e o resultado são partidas desbalanceadas. Por fim, optar por trazer de volta o killstreak só dá margem para menos trabalho em equipe e cumprimentos de objetivos. Afinal, para quê capturar uma bandeira se não ganho nada com isso.

Zombies roguelike e incompleto

Aos amantes do modo Zombies, temos um verdadeiro presente grego. O modo deste ano está sob a tutela da Treyarch, a matriarca do segmento, e será cânone a Saga do Éter, e um prequel dos eventos abordados em Black Ops Cold War. Dito isso, a expectativa por este Zombies era a mais positiva possível. Contudo, o que recebemos foi um modo trivial e indeciso em certos pontos, onde o tão famigerado easter-egg  só estará disponível em 2022.

Portanto, esta ausência com mistura de mecânicas do modo epidemia e a tradicional dinâmica de rounds figuram a falta de tempo que a Treyarch teve para construir algo mais denso e criativo. De todo modo, assim como o modo multiplayer, só o tempo será capaz de dizer o quão bom este novo modo Zombies será.

Mas afinal, Call of Duty Vanguard é tudo isso mesmo?

O retorno da Sledgehammer à Segunda Guerra Mundial nos rendeu um imperdível modo campanha que usufruiu bem de toda a qualidade técnica do motor gráfico da Infinity Ward, bem como na forma de se contar uma história. Seu segmento online, por sua vez, é uma argila a se moldar e isso o estúdio deve agir conforme a chegada de suas respectivas temporadas.

Assim, no final do dia, o CoD deste ano trouxe boas ideias, sobretudo, uma evolução da Sledgehammer como estúdio.

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