O que o futuro reserva para a Konami?
A Konami é uma empresa responsável pelo desenvolvimento de animes, jogos de RPG inspirados em animes, arcades, dentre outras formas de entretenimento. O foco principal da empresa no Japão está focado em jogos de cartas e projetos mobile, envolvendo principalmente Yu-Gi-Oh! e Castlevania.
Porém, a tradicional empresa formada por Kagemasa Kozuki, Yoshinobu Nakama e Tatsuo Miyasako precisa buscar relevância novamente na indústria dos videogames, onde ganhou notoriedade global devido à qualidade de seus jogos e inovações nos projetos lançados.
No início deste ano, a Konami anunciou uma grande reestruturação onde as Divisões 1, 2 e 3 responsáveis pela criação de produtos seriam destituídos. Na época, houve a confirmação de que a produção de jogos não seriam afetados com essa reestruturação interna, mas o lançamento de eFootball provocou dúvidas severas quanto à isso.
O desastroso eFootball 2022
Anunciado como “revolução” nos simuladores de futebol – buscando oferecer uma nova experiência de jogabilidade – eFootball 2022 foi lançado gratuitamente para todas as plataformas com intuito de criar um grande e ambicioso projeto de jogo contínuo, evitando lançamento anual da franquia Pro Evolution Soccer.
Contudo, o primeiro lançamento desde a reestruturação interna ficará marcada por um constrangimento absurdo devido à péssima qualidade do produto final em todos os sentidos possíveis. Os gráficos são atrasados, os visuais são péssimos, os bugs diversos e as mecânicas de jogabilidade são as piores possíveis. Para muitos, eFootball representa o pior simulador de futebol já lançado para videogames.
Este constrangimento é uma marca vexatória para uma história tão rica na indústria dos videogames. A Konami começou a fazer sucesso nos videogames desde o início dos anos 80 através de lançamentos como Frogger, Super Cobra, Track & Field, dentre outros, em arcades. Posteriormente, surgiram sucessos ainda maiores, como Contra, Gradius, Castlevania, Tartarugas Ninja e Metal Gear, todos licenciados para o popular NES. Entre 1987 até 1991, a empresa registrou lucro de 300 milhões de dólares.
Kojima x Konami
Passando por altos e baixos, a situação começou a declinar de vez em abril de 2015, quando houve a dissolução da subsidiária KCE Japão após a demissão de Hideo Kojima, empresa atualmente conhecida por Kojima Productions e responsável pelo sucesso comercial Death Strading.
Em tentativa de seguir a vida da franquia mais popular sem o mentor criativo, a Konami optou por lançar Metal Gear Survival aproveitando-se da mesma base criada pelos desenvolvedores de MGS5: The Phantom Pain, para muitos o melhor da franquia. No entanto, diversas falhas foram observadas e o jogo acabou sendo um fracasso de críticas.
Desde então, não houve nenhum lançamento de um jogo Triple A pela empresa, que deixou a sede tradicional de Ginza para um prédio onde pôde concentrar uma escola para atletas de Esports e um local para receber esses eventos. Ou seja, sinais de que cada vez menos está interessada em seguir com o desenvolvimento de jogos.
Cabe lembrar que Silent Hills, jogo que recebeu demonstração bastante elogiada (P.T.), acabou tendo produção abruptamente encerrada sem maiores explicações até hoje. O co-diretor e roteirista na época, Guilhermo del Toro, critica abertamente a empresa quando tem oportunidade devido à um cancelamento misterioso.
A era dos mobiles
Em 2018, Hideki Hayakawa, CEO da Konami Digital Entertainment, disse que a Konami deveria parar de produzir jogos para consoles e focar em jogos mobile, algo que foi refutado diretamente por Graham Day, responsável pela empresa japonesa na Grã-Bretanha.
Ou seja, está bastante claro que a Konami mudou suas prioridades em relação à indústria dos videogames para consoles e coloca essa questão como algo terciário dentro da empresa. Ainda assim, é preciso investir minimamente para manter um legado e evitar que a história seja ainda mais manchada.
Parece inacreditável que eFootball teve um lançamento com tantas falhas. Esta situação não deveria ocorrer em nenhuma empresa; No entanto, tudo se torna ainda mais grave quando a Konami desrespeita seus fãs remanescentes e a indústria como um método de forma tão brutal.
Não estamos pedindo que a empresa japonesa mude novamente seus planos e volte a pensar com maior carinho em relação aos videogames. Mas é necessário fazer o mínimo, respeitar o legado construído desde o final do século passado.
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